Camila (CISMA),19 anos. Curitiba – Paraná.

O gosto por desenhos vem desde pequena. Ao ter contato com o movimento hip hop em 2005, rapidamente se interessou pelo graffiti. Sua tag(nome que assina seus trabalhos) foi retirada de uma troca de ordem das letras de seu próprio nome. Veio a formar a palavra que condizia com sua personalidade e visão de mundo, Cisma.
Após anos, Camila, leva o graffiti como influencia no seu trabalho, como lazer e estilo de vida. Já participou de crews(grupo de grafiteiros), mas hj se diz desencanada sobre isso.
“Comecei sem compromisso e acabei que não parei mais”.
Ganhar dinheiro com o graffiti?Graffiti em galerias? Na opinião de Cisma: “Graffit é o que se faz na rua, se mudou de suporte já não é mais. Não tenho nada contra o cara expor aqui ou ali desde que ele seja autêntico no que está fazendo, muita gente esquece da rua, ou entra nesse mundo simplesmente com o objetivo de atingir outras mídias.É legal quando o graffiteiro consegue imprimir seu próprio traço e estilo no trabalho, e continua fazendo o que gosta sem deixar de pintar na rua”.
Pixação?“Acho interessante o desenvolvimento da tipografia específica da pixação, e sobre quem faz, ou faz graffit, só espero uma coisa: tenha consciência. É preciso saber sempre o que se está fazendo e porque se está fazendo”.
Contato:
camila_siciliano@hotmail.com
Sabrina Brum (BINA), Porto Alegre – Rio Grande do Sul

Bina conta que o interesse começou na observação de outros grafiteiros, a paixão pelo graffiti crescia e com o tempo ela acabou botando a sua arte nos muros também. Em meio a 2 anos na precariedade de material devido aos custos, oportunidades foram surgindo e hoje, 8 anos depois, o graffiti é sua profissão.
A admiração da molecada em suas oficinas, o aprendizado que ela tem com eles do mesmo jeito que eles aprendem com ela, essa experiência Sabrina carrega como mais uma motivação para ir alem.
Junto de Jackson, Lucas e Bis, eles formam a Zombando Crew.
“Procuro mostrar para a rua, e a rua se encarrega de mostrar para o mundo”.
Ganhar dinheiro com o graffiti? Bina Diz que: “É bom ser valorizado pelo que faz, a partir do momento que te pagam pelo seu trabalho é sinal que você está fazendo um bom trabalho, gratifica o artista... e sobrevivo disso é meu trabalho, e mais que merecido ganhar através dele. As galerias, acredito que seja uma forma de valorização, embora a maior galeria para mim é a rua, é bárbaro expor lá”.
Pixação?“É inacreditável nunca pixei. É engraçado falar mais a pixação eu acho bárbaro, curto as letras de traço reto, curto a escrita, principalmente se for ato de protesto, porem nunca tive vontade de fazer acho legal somente olhar, dependendo da forma dela, assim como o graffiti também te transmite algo...”.
Contato:
Kátia Suzue de Melo (Suzue), 29 anos. São Paulo – São Paulo.

Assina em seus trabalhos Suzue que é seu nome em Japonês.Desde criança Suzue observava os graffitis nas ruas e isso sempre chamou sua atenção. Segundo ela, em São Paulo, que é a cidade que ela vive, é impossível andar na rua e não ver um trampo, não dá pra crescer sem ter referências da rua.
Pinta a 4 anos, e desde então não parou mais, ela faz do graffiti seu roby, trabalho e estilo de vida . Faz parte da crew Noturnas, são sete meninas: Tikka, Z., Yá, Kel, Miss, Pan e Ela, Suzue.
Suzue morou durante a sua adolescência no Japão, e foi lá que ela deu um pontapé inicial para a carreira artística, trabalhou com desenho de observação e pinturas, voltou ao Brasil e trabalhou em estúdios de Tatuagem. Aqui conheceu pessoas envolvidas com o graffiti e foi aí que a vontade de seguir para lados diferentes apareceu hoje ela é formada e dá aulas de desenho de observação e de roteiro das artes em Guarulhos (SP), além disso, também trabalha com telas, esculturas, produção de objetos e origamis.
“parece que minha vida é em função disso agora, graças ao graffiti conquistei muitas coisas, conheci muitas pessoas e muitos lugares e isso é o mais impressionante na coisa pra mim."
Ganhar dinheiro e expor em galerias? O que a Kátia acha disso?
Acha justo ter o trabalho reconhecido, e sim, ganhar dinheiro é bom ainda mais quando se faz o que se gosta. Ela acha que o graffiti pode ser profissão e passatempo, contanto que se separe, cada um tem um momento.

Pixação? Suzue foi direta, apesar de não ser pixadora ela admira muito essa atitude, segundo ela a pixação dialoga muito mais com a cidade do que o graffiti, São Paulo é capital mundial da pixação e isso trás estudiosos de todo o mundo para conhecer esse movimento.
O graffiti é... “Uma parcela enorme do meu cotidiano, um estilo de vida.”
Contato:
www.fotolog.com/devaneio
www.flickr.com/suzue
fone:(11) 89384883
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O graffiti trouxe pra essas mulheres mais que cores. trouxe amores, amigos, lazer e oportunidades. A rua é e sempre vai ser lugar para marias.
positividade para NÓS, marias!!